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A noite estrelada, o coqueiro, a praia dos namorados, o reencontro e Fernando de Noronha. Todos estes nomes são quadros pintados pelo aposentado Luiz Carlos de Almeida, de 67 anos. O diferencial do artista é que ele é cego, mas dribla a deficiência e retrata as obras de arte de acordo com suas lembranças.
Casado, pai de dois filhos e avô de quatro netos, Luiz é aluno da Instituição Braille de Santos (IBS) há 23 anos e desde então tem manifestado seu dom artístico. Para pintar também, Luiz conta com a ajuda da professora de artes e voluntária da IBS Renata Gonzales. "Tenho uma família que me deu apoio pleno, inclusive minha esposa", diz.
Além de pintar quadros, Luiz também é ator. Carrega em seu currículo teatral personagens como Santo Onofre, São José, Santo Antônio , rei mago Gaspar e Heródes. "A maioria são personagens bíblicos", explica.
Por falar em bíblia, o artista frequenta a igreja católica e através da comunidade religiosa, começou a ministrar palestras para dependentes químicos. "Muitos deles não conheciam a palavra de Deus, e eles começaram a seguir o que era certo".
A família, a crença em Deus e a aceitação ajudaram Luiz Carlos a superar a deficiência visual. O pintor ficou cego em razão de uma retinose pigmentar. A irmã de Luiz Carlos também teve a mesma deficiência.
Tanto entusiasmo e atividades renderam a Luiz Carlos uma premiação como exemplo de vida promovido pela revista Sentidos. "Deus capacita a todos, não deixa ninguém desamparado", enfatiza.
O artista já teve suas obras expostas na Igreja do Valongo, em Santos, na Prodesan, na Prefeitura de Araçatuba e na Usiminas.
Almeida continua pintando, exercendo a atividade de ator e atualmente dança. "Descobri que gosto muito de fazer tudo isso. Nós temos talentos que descobrimos depois que os olhos se fecham", finaliza.